sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A FOME NÃO DORME...





















A fome continua a assolar África como uma praga e tudo parece conjugar-se para agravar a situação, um pouco por todo o continente.

Na Somália, país devastado por uma prolongada guerra civil, os confrontos reiniciaram e nessas circunstâncias prevê-se sempre o pior em matéria humanitária.

No Níger, a ameaça vem do país vizinho, a Nigéria, onde a fome grassa e a gripe das aves veio forçar o alastramento do problema além-fronteira.

O impacto económico de uma crise neste importante sector, determinante nas trocas comerciais entre os dois países, faz surgir o espectro da fome em mais uma nação africana.
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No Quénia, continuam os esforços para evitar o que parece inevitável. São milhões, os quenianos ameaçados pelas consequências da seca e mais gente faminta irá engrossar o contingente em aflição.
A
ngola enfrenta uma súbita epidemia de cólera que, caso não seja contida, poderá dar lugar às consequências que o final da guerra civil parecia ter afastado do horizonte da população angolana.

E ainda se somam casos “crónicos”, como o da Etiópia e o do Burundi, e outros “previsíveis”, como o do Zimbabué ou o da Costa do Marfim, ou “de estabilidade precária”, como no caso de Moçambique e da Namíbia, no rol de preocupações humanitárias sem fim para o continente mais martirizado do planeta.

A seca, a guerra e as doenças continuam a reclamar vidas aos milhões, num ritmo macabro a que o mundo não parece conseguir dar resposta.

Cada vez mais, cruzar os braços é sinónimo de indiferença perante este estado de coisas. E o fosso entre hemisférios não para de aumentar.

E com um custo moral no presente que começa a assumir contornos bem mais perturbadores no futuro próximo desta nossa civilização ocidental privilegiada.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

O ser Criança!




















Uma criança é um ser humano no início de seu desenvolvimento. São chamadas recém-nascidas do nascimento até um mês de idade; bebê, entre o segundo e o décimo-oitavo mês, e criança quando têm entre dezoito meses até doze anos de idade.

O ramo da medicina que cuida do desenvolvimento físico e das doenças e/ou traumas físicos nas crianças é a pediatria.

A infância é o período que vai desde o nascimento até aproximadamente o décimo-primeiro ano de vida de uma pessoa. É um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança - especialmente nos primeiros três anos de vida e durante a puberdade.

Mais do que isto, é um período onde o ser humano desenvolve-se psicologicamente, envolvendo graduais mudanças no comportamento da pessoa e na adquisição das bases de sua personalidade.

Criança feliz...



















Quero ser criança,
Quero andar e correr sem me preocupar.
Quero ser criança,
Quero chorar e sorrir sem me preocupar.
Quero a infância,
Quero o nascimento de pureza e ingenuidade.
Quero colo, afago e carinho sagrados.
Quero ser criança,É meu direito de ser.
Não me impeça de ser o que fui criado para ser por um tempo.
Não me corrompa a natureza,
Que fora talhada para a glória da pequenez.
Quero brincar e dançar em roda.
Quero minha infância.
Por favor, não me impeça de ser simplesmente criança.
Por favor, não me apresente antecipadamente o mal.
Não tire a beleza da grandeza de Deus
Manifestada em minha fraqueza infantil.
Quero ser criança, simplesmente uma criança.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Crianças sem-abrigo descansam à beira de uma estrada em Agartala, na Índia












Entre 300 mil a 400 mil crianças ficaram sem abrigo depois da passagem do furacão Katrina pelo sul dos Estados Unidos, estimou um porta-voz da Unicef, que sublinha o facto de os mais pobres serem os primeiros a sofrer com a catástrofe.

"As crianças representam entre um terço e um quarto das pessoas afectadas pela catástrofe", disse aos jornalistas Damien Personnaz, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância, sedeado em Genebra, na Suíça.

"Num total de 1,2 milhões de pessoas, há entre 300 a 400 mil crianças sem abrigo", afirmou o mesmo responsável. "É um número muito grande e é preciso dizer que estas crianças vão ficar nestas condições durante semanas, talvez meses".

Damien Personnaz acrescentou que os Estados Unidos não precisam da ajuda financeira da Unicef, mas a organização pode disponibilizar a sua experiência para dar auxílio às vítimas a nível psicológico ou encontrar maneiras de fazer regressar as crianças à escola.

"A Unicef constata uma vez mais que são as populações mais pobres e vulneráveis as que mais estão a sofrer", afirmou.

Animações que diariamente reflecte-se na nossa actualidade


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Direitos Humanos















Artigo 1º

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.

Artigo 2º

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, sexo, cor, língua, religião, língua, política ou outra origem de origem social ou nacional.

Artigo 3º

Todos os indivíduos têm direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.


Artigo 4º

Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proibidos.

Artigo 5º

Ninguém será submetido a tortura nem a penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.


Artigo 6º
Todos os indivíduos têm direito ao reconhecimento, em todos os lugares, da sua personalidade jurídica.

Artigo 7º

Todos são iguais perante a lei e , sem distinção, têm direito igual a protecção igual contra qualquer discriminação que viole a presente declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.

Artigo 8º

Todas as pessoas têm direito a recurso efectivo para as jurisdições nacionais competentes contra os actos que violem os direitos fundamentais reconhecidos pela constituição ou pela lei.

Artigo 9º

Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido ou exilado.

Entre outros direitos importantes…

Uma verdadeira Lição de Vida















Alguém lhe disse que "o melhor medicamento para curar a alma é falares e escreveres sobre o que te aconteceu" e China Keitetsi fez do conselho o seu objectivo de vida. Como terapia, no seu primeiro livro relatou a sua fuga dos maus tratos paternos para terminar com nove anos na guerrilha de Yoweri Museveni, actual presidente de Uganda.

Agora, com 32 anos, conta a sua história em conferências e debates para que se conheça a terrível situação de milhares de meninos e meninas que perderam a sua infância e inclusive a vida no campo de batalha. "Agora só penso em ajudar outros meninos soldados que não são tão afortunados como eu", assegura. Esta luta mereceu-lhe mais do que um reconhecimento, como o galardão pela trajectória pessoal da UNICEF que recebeu em Madrid.

Depois de dez anos separada dos filhos, recuperou-os e começou uma nova vida com eles na Europa. "Os meu filhos dão-me a energia para viver e para querer viver", confessa a jovem mãe. Mas o caminho não foi fácil. Todavia hoje, uma década depois, está a recuperar-se e a aprender a confiar em si mesma.

Aos meninos soldado obrigam-nos a cometer crimes e ensinam-nos a depreciar os demais. Essa experiência muda-os para sempre e faz que se lhes torne muito complicado relacionar-se com outras pessoas com normalidade.

Em Junho de 2008 abriu uma casa de acolhimento para meninos soldado e filhos de meninas soldado no Ruanda. Ali não só encontram um lugar onde se sentem seguros, também os formam e ajudam a reintegrar-se na sociedade. Para estas crianças é muito difícil concentrar-se, o passado atormenta-os e é demasiado tarde para ir à escola. Neste centro ensinam-lhes jardinagem ou a fazer artesanato entre outras coisas.

A sua luta activista permitiu-lhes estar em contacto com crianças e jovens de toda Europa. Na sua página na internet recebe mensagens de crianças que lhe dão ânimo para refazer a sua vida, explica com um sorriso. Também observou que muitos menores que não apreciam os pais nem todas as possibilidades que lhes brinda o futuro só por terem nascido num país rico. "Ninguém pode querer-te mais que os teus pais", exclama China que não desfrutou desse amor.