sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

A FOME NÃO DORME...





















A fome continua a assolar África como uma praga e tudo parece conjugar-se para agravar a situação, um pouco por todo o continente.

Na Somália, país devastado por uma prolongada guerra civil, os confrontos reiniciaram e nessas circunstâncias prevê-se sempre o pior em matéria humanitária.

No Níger, a ameaça vem do país vizinho, a Nigéria, onde a fome grassa e a gripe das aves veio forçar o alastramento do problema além-fronteira.

O impacto económico de uma crise neste importante sector, determinante nas trocas comerciais entre os dois países, faz surgir o espectro da fome em mais uma nação africana.
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No Quénia, continuam os esforços para evitar o que parece inevitável. São milhões, os quenianos ameaçados pelas consequências da seca e mais gente faminta irá engrossar o contingente em aflição.
A
ngola enfrenta uma súbita epidemia de cólera que, caso não seja contida, poderá dar lugar às consequências que o final da guerra civil parecia ter afastado do horizonte da população angolana.

E ainda se somam casos “crónicos”, como o da Etiópia e o do Burundi, e outros “previsíveis”, como o do Zimbabué ou o da Costa do Marfim, ou “de estabilidade precária”, como no caso de Moçambique e da Namíbia, no rol de preocupações humanitárias sem fim para o continente mais martirizado do planeta.

A seca, a guerra e as doenças continuam a reclamar vidas aos milhões, num ritmo macabro a que o mundo não parece conseguir dar resposta.

Cada vez mais, cruzar os braços é sinónimo de indiferença perante este estado de coisas. E o fosso entre hemisférios não para de aumentar.

E com um custo moral no presente que começa a assumir contornos bem mais perturbadores no futuro próximo desta nossa civilização ocidental privilegiada.

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